sábado, 14 de fevereiro de 2009

Páginas Em Branco


Perduro a tentar saciar minha sede, sede de si, sede de ir, nunca ficar, nem vir. Na sobrevivência vivo, fugindo da fuga, sempre almejando-a. Afogo-me num mar de pensamentos e caminho num deserto de ações. A alma velha no corpo novo entram em um choque duo entre o poder e o querer. Afinal, penso que sou apenas um livro com páginas em branco, porém repleto de palavras escritas em braile.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Human Nature

(Imagem: Goya)

Nós, seres humanos, tendemos a criar tabus em torno de tudo que nos iguala aos animais irracionais, porém não se pode enganar o instinto primitivo o tempo todo. Competição, escolha do parceiro, lutas/guerra, violência, etc. Refinamos nossos instintos, mas na maioria das vezes os usamos contra nós mesmos.
Somos tão animais quanto todos os outros, porém não queremos ser. Cobrimos o corpo com roupas, pois andar nu nos iguala aos animais irracionais. Queremos ser tão desiguais aos demais animais que acabamos por destruir tudo o que nos lembra que somos animais. “Curamos” doenças para arrastá-las em nosso código genético por toda a eternidade hereditária o que nos embarca ao processo de involução. A nossa racionalidade nos torna irracionais.