Fechei meus olhos e senti a fina chuva tocar meu rosto delicadamente, daquelas que quase não sente, mas que molha vagarosamente até encharcar por completo. Assim são os sentimentos. Eles chegam sorrateiros, sem alarde, logo o tomam por completo sem que haja escapatória. Sigo meu caminho deixando-me molhar mesmo aflita com o contato da roupa molhada e gelada em meu corpo. A consciência figura-se em tenda e nela abrigo-me contra a chuva. Espero ansiosamente meu corpo e roupas secarem num ritmo lento, quase agonizante, para que depois de seca sair da tenda e molhar-me de novo.
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